segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Remando contra a maré..

Na queda da cachoeira,na quebra das ondas,nos batimentos do coração,nas tempestades de vento,no descer da chuva e na aceleração sanguínea aconteciam como gritos silenciosos guardados inquietantemente dentro de mim,prontos a transbordarem-se em lágrimas.
Acordava e via o espelho dividido em metades,eu me via dividido. Por um lado um dia de chuva,por outro um dia de sol, por um triste, por outro feliz, eu não conseguia enquadrar-me dentro de mim mesmo.Era como ter uma ponte de silêncio e restrições entre mim e o mundo,que fazia eu não me afinar com meu destino,não me encontrar com a razão,e sim me entrelaçar em uma forte união de sorrisos e lágrimas com a emoção.
Fugindo de uma mimfobia,fui em busca de provar os gostos não provados,ir há lugares não visitados,abrir espaço para o novo e amadurecer o meu verde interior.
Era a hora de levantar a cabeça,olhar para frente e largar aquela metamorfose ambulante frequente e me transformar em uma pessoa decidida e periodicamente aliada a mudanças.
Tirei a poeira de todas as palavras que até então eram contrárias ao meus conceitos e ideias,tirei a maior poeira da palavra AMOR.
Meus braços antes fechados para sentimentos, se abriram. E assim com os braços vazios eu tinha a chance de abraçar o mundo.
E com essa coragem de me adaptar ao novo, segui.
O que antes era remar contra a maré,agora era barquinho na correnteza.

2 comentários:

Comentários da Vida