sexta-feira, 17 de setembro de 2010

OLHAR PARA SI, UMA NECESSIDADE VITAL.

Em um pequeno lago, de águas límpidas e transparentes, morava um Girino (pequeno filhote de sapo). Seu nome era Pequenino. Ele morava sozinho neste lago. Um dia acordou, e viu em um fino galho de árvore, um estranho saquinho branco. O que seria aquilo?, pensou ele. Dois dias depois, o saquinho lhe falou:
- Oi, meu nome é Casulo, mas não serei Casulo por toda a minha vida, um dia me transformarei em uma linda Borboleta.
Passaram-se os dias, e Pequenino não desgrudava os olhos do Casulo.
Um dia, como que por encanto, Pequenino acorda e, assustado, vê uma linda borboleta na beira do lago e pergunta ancioso.
- É você, Casulo?
- Sim, sou eu Pequenino.
Neste momento ele baixa os olhos e quase chega a chorar. E Casulo, agora Borboleta, Pergunta:
- Por que choras?
- Porque o mundo é injusto e cruel. Veja só você, era um Casulo e hoje é uma linda Borboleta, e eu continuarei aqui neste lago, sozinho e igual a como era no dia em que nos conhecemos.
E a Borboleta responde docemente:
- Não seja tolo, Pequenino, não vês que creceste, que virastes Sapo, que pode nadar e saltar bem alto?
Pequenino olha pela primeira vez ao longo destes dias, vagarosamente, para o reflexo do lago e grita;
- Oba! Também mudei, e porque estava só olhando para você, nem percebi que já era não mais um Girino e sim Sapo.


* Os nossos olhos vagam curiosos e perdidos pelo mundo em função do outro e só tomaremos consciência disto quando alguèm perguntar sobre nós e já não soubermos responder.
Se não olharmos profundamente, serão cegos os nossos olhos, para todo o resto do mundo.

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